Saúde cardiovascular: entenda como o período de final do ano pode aumentar a incidência de doenças cardíacas
Dr. Paulo Caramori, chefe do + Cardio do HSL PUCRS, explica que as emoções, as mudanças de rotina e a temperatura elevada podem causar episódios de infarto
As emoções como estresse, ansiedade e tristeza, desencadeiam uma série de reações fisiológicas no corpo e, ao se sentir assim, o organismo libera hormônios como adrenalina e cortisol, que aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial e a coagulação sanguínea. Com o tempo, esses picos hormonais podem danificar os vasos sanguíneos e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como o infarto, por exemplo.
O chefe do + Cardio, serviço de Cardiologia do Hospital São Lucas da PUCRS e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr. Paulo Caramori, explica que a ligação entre emoções e infarto é complexa e envolve diversos mecanismos fisiológicos. “Para além dos hormônios do estresse, a inflamação crônica e o aumento dos níveis de colesterol ruim, pressão arterial e eventual descontrole da diabetes também contribuem para o desenvolvimento de doenças. Numerosos estudos epidemiológicos e clínicos demonstraram que pessoas com altos níveis de estresse, ansiedade e depressão têm maior risco de desenvolver doenças cardíacas, incluindo o infarto”, destaca.
Alguns públicos são mais vulneráveis aos efeitos das emoções sobre o coração, como, como pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas, idosos, pessoas com condições pré-existentes e com transtornos de ansiedade e depressão.
Cuide das emoções no final do ano
O período do final do ano é um momento repleto de fatores que podem aumentar o estresse e a ansiedade, devido à pressão social, às rotinas alteradas, às relações interpessoais, às memórias afetivas e à ansiedade antecipatória com preocupações futuras. Além disso, as mudanças na rotina e na alimentação também podem ter um impacto significativo na saúde do coração.
“As festas, as reuniões familiares e as expectativas podem ser gatilhos para problemas cardíacos, especialmente para pessoas mais vulneráveis”, pontua o especialista. O excesso de alimentos ricos em gordura e açúcar, o consumo excessivo de álcool, a falta de sono e o estresse emocional associados a esses eventos podem desencadear crises hipertensivas, arritmias e, em casos mais graves, infartos. “É preciso ter cuidado também com o excesso de atividades físicas sem preparação adequada, principalmente em momentos com temperaturas extremas, pois isso também pode desencadear riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, ressalta.
Formas de prevenção
Uma vida saudável, com atividades físicas regulares e uma alimentação equilibrada, é fundamental para a prevenção de doenças cardiovasculares, assim como prática regular de exercícios físicos ajuda a controlar a pressão arterial, os níveis de colesterol e o peso, enquanto uma dieta saudável fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Se você estiver enfrentando dificuldades para lidar com o estresse, a ansiedade ou a depressão, não hesite em buscar ajuda profissional.
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