Diretor-geral do HSL participa de talk temático da PUCRS sobre inovação na área da saúde

O diretor-geral do hospital, Leandro Firme, participou nesta quinta-feira, 19, do talk temático sobre o tema "Como a inovação transforma a área da saúde", transmitido pelo YouTube da PUCRS. O encontro, que contou ainda com a participação de Alessandra Morelli, CEO da Tummi; Francisca Mosele, fundadora da Nutrition Thinking; e Mário Steffen, CEO da Palma IoT fez parte da Maratona de Inovação PUCRS 2021, que abordará três dimensões essenciais na atualidade: saúde e bem-estar, segurança e vulnerabilidade e educação e comunicação. Uma das mediadoras do evento, a professora da Escola de Negócios Frederike Mette falou sobre a necessidade do encontro neste pilar. “A pandemia levou a área da saúde ao extremo, com cansaço e também às novas formas de atendimento, como a telemedicina. Por isso, é tão importante falarmos sobre isso”.

Leandro abriu sua apresentação falando sobre a realidade da inovação e uma transformação que já acontece, com algumas premissas sendo aceleradas a partir do início da pandemia. “A pandemia reinventou e inovou os processos e trouxe o emprego de muitas tecnologias. Mais que isso, revelou uma necessidade de conectar pessoas e pessoas, assim como pessoas e máquinas”. Sobre o ecossistema de saúde, bastante complexo, ele abordou as múltiplas instâncias que o compõem. “Há a acolhida aos pacientes, a expectativa de conduta correta, a escolha do melhor diagnóstico e um desfecho clínico positivo. Isso tudo de forma sustentável, inovando sempre”. Leandro ressaltou que isso envolve vários players que precisam estar conectados com o propósito maior da satisfação e da segurança dos pacientes. “Não existe mais um voo solo e a tecnologia e os processos inovadores trazem essa conexão cada vez mais rápida e positiva, de forma cada vez mais transparente”.

Para ele, a chamada saúde 4.0 chega com o paciente no centro das atenções, que exige que a instituição de saúde antecipe e traga assertividade nos tratamentos, faça a gestão cada vez mais transparente e tome a melhor decisão. Ao apresentar o Hospital São Lucas, Leandro ressaltou que o HSL figura entre os 100 melhores hospitais do Brasil neste ano, segundo o ranking internacional Newsweek Statista.  “Isso também é resultado das nossas práticas sustentáveis no reposicionamento que lançamos em 2020, buscando reinventar nossos processos”.  

 

Fusões e gestão do BioHub da Saúde

Na apresentação, o diretor-geral também falou sobre o crescimento exponencial de fusões e aquisições de redes hospitalares neste ano, com um número de rodadas de investimentos que supera o dobro de 2020. “Além disso, temos uma transformação com as startups que vêm suprindo a carência do próprio cenário da saúde”. Ele destacou a gestão por parte do hospital do BioHub da Saúde, localizado no Tecnopuc. “Este, sem dúvida, é um celeiro de oportunidades para unir as pessoas e trazer as melhores soluções. Temos a premissa básica de sermos o grande protagonista destes processos”.

 

“Desafiar o estabelecido”

Leandro também lembrou o lema da gestão atual e do próprio hospital como um todo, para que respostas inovadoras cheguem o tempo todo. “É preciso ter um mindset de crescimento e estar disposto a correr riscos. Se houver falha nos processos, que também rapidamente as soluções sejam apresentadas; e, muito importante, que tenhamos pessoas inconformadas com o processo e que queiram trazer experiências diferentes”. E acrescenta: “O hospital é um celeiro de oportunidades para inovações e essa engrenagem é composta por áreas como restaurante, farmácia, hotelaria, estacionamento, sistema segurança e gestão de pessoas, entre tantas outras. Tudo isso tem que funcionar para garantir que o resultado seja efetivo. Enfim, é uma gama de processos interligados e todas estas conexões gerando oportunidades de inovação”.  

Ele destacou ainda que, para que haja progresso no processo de inovação, a alta administração tem o papel de criar um ambiente para que as pessoas se sintam seguras em trazer soluções sem o receio de proporem algo incoerente. “Além disso, é importante considerar a pluralidade das ideias, despertar o espírito empreendedor e comemorar pequenos avanços do ambiente, criando valor para o paciente”.

 

Exemplos no HSL

O diretor-geral enfatizou três grandes temas ligados à inovação na saúde: a medicina preditiva, o uso da inteligência artificial e ciência de dados para melhorias nos processos. “Hoje, já é possível ter um paciente admitido via pronto-socorro e predizer se ele vai ser internado ou não, se vai precisar de UTI ou se há um procedimento necessário para o bloco cirúrgico. Isso é tecnologia trabalhando a serviço do HSL”.

Leandro aproveitou para citar algumas destas tecnologias, já disponíveis no hospital: a parceria com a startup Exper que trouxe ao HSL o Check Lung, um sistema de inteligência artificial que analisa os dados já coletados por exame de tomografia e que possibilita o rastreamento em estágios ultraprecoces de doenças como câncer de pulmão; a telemedicina, que possibilita que milhares de pacientes, inclusive de regiões ao norte do país e em território internacional, possam ser atendidos sema necessidade de deslocamentos e no conforto de suas casas; a NoHarm.ai, um monitoramento das prescrições médicas na farmácia clínica por meio de inteligência artificial, que favorece a segurança do paciente; a premissa da Internet das Coisas (IoT), que permite uma comunicação efetiva entre as entre as máquinas, como a de tomografia com a de radioterapia, incluindo a vantagem do menor tempo de exposição aos exames; e a Star Grid, ferramenta que possibilita escalas automáticas de profissionais, facilitando a vida e o dia a dia dos gestores.

 

Jornada do paciente como prioridade

Para finalizar, o gestor falou sobre a jornada complexa e desafiadora dentro da instituição, que integra acesso, admissão, assistência, alta e pós-alta. “Não podemos esquecer que nesta jornada o que mais importa é a entrega de valor ao paciente. Cada ponto é uma oportunidade de inovação, mesmo em meio a este desafio que é a pandemia, ainda em curso. Temos todos estes desafios a serem cumpridos, fortalecendo a experiência dos nossos clientes”. Leandro destacou a necessidade constante de preparar os quase cinco mil colaboradores e demais integrantes para este cenário, com busca constante de soluções inovadoras. “Temos um grande potencial de conhecimento no Campus da Saúde, incluindo a própria Universidade, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), o parque esportivo e o centro clínico, além de outros empreendimentos futuros. Com a união destes esforços, possibilitamos a promoção à saúde, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e o monitoramento pós-alta, tudo em um único lugar”.

E concluiu: "A transformação e os processos de inovação na saúde perpassam pela medicina de precisão, mas, também precisam ter base de sustentação. O que mais importa é a opinião do cliente, do paciente”.