Janeiro Verde: saiba como proteger a sua saúde e prevenir o câncer de colo de útero

Condição afeta cerca de 17 mil mulheres por ano no Brasil, sendo 90% dos casos relacionados ao HPV 

 

O Janeiro Verde é um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de colo de útero, uma doença ginecológica grave que acomete milhares de mulheres no Brasil anualmente. Esse tipo de câncer é causado, em grande parte, pela infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano), uma condição que pode ser prevenida com medidas simples e eficazes. 

 

O que é o câncer de colo de útero? 

O câncer de colo de útero é um tumor maligno que se desenvolve na parte inferior do útero. Segundo a oncologista Dra. Alessandra Morelle, do Centro de Oncologia do Hospital São Lucas da PUCRS/Oncoclínicas, "apesar de atingir muitas mulheres, é uma doença que pode ser prevenida. Hoje, contamos com a vacina contra o HPV, disponível gratuitamente no SUS para crianças e jovens entre 9 e 14 anos, além de outras faixas etárias em casos específicos". 

 

Sintomas de alerta para identificar o câncer de colo de útero 

Os sintomas variam de acordo com o estágio da infecção pelo HPV. Confira os principais sinais: 

  • Lesões clínicas visíveis: verrugas genitais ou anais, geralmente assintomáticas, mas que podem causar coceira. 

  • Lesões subclínicas (não visíveis): presentes nas mesmas áreas, mas detectadas apenas em exames específicos. 

Ambas podem estar associadas a tipos de HPV de baixo ou alto risco. 

 

Prevenção: como reduzir o risco de câncer de colo de útero? 

A prevenção é fundamental para reduzir os casos da doença. Veja as principais medidas: 

 

  1. Vacinação contra o HPV – Disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. 

  1. Exames regulares – O exame preventivo (Papanicolau) e os novos testes de DNA do HPV são essenciais. 

  1. Estilo de vida saudável – Não fumar, usar preservativos e manter uma dieta equilibrada contribuem para a proteção. 

 

Mudanças recentes nos exames preventivos 

A Dra. Alessandra explica que as recomendações para exames ginecológicos estão evoluindo. "Hoje, o rastreamento inicial pode incluir a pesquisa de DNA do HPV, realizada via exame de sangue. Essa abordagem permite identificar mulheres em maior risco, que necessitam de um acompanhamento mais frequente, enquanto outras podem realizar os exames a cada três anos, desde que os resultados sejam normais." 

 

Como é realizado o tratamento 

O tratamento depende do estágio da doença: 

  • Estágios iniciais: Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte. 

  • Casos avançados: Radioterapia, quimioterapia e imunoterapia são as principais opções. 

A Dra. Alessandra destaca que a combinação de imunoterapia com outros tratamentos pode reduzir em até 40% as chances de recidiva, especialmente em estágios avançados. 

 

Onde buscar tratamento especializado 

O Centro de Oncologia do Hospital São Lucas da PUCRS, em parceria com a Oncoclínicas, oferece atendimento especializado e integrado, incluindo tratamentos como quimioterapia, radioterapia e suporte multidisciplinar. 

 

Entre em contato: Ligue para (51) 3320-3820 ou envie uma mensagem pelo WhatsApp (51) 98683-2349.