Dia Mundial de Combate à Aids reforça importância de combater o preconceito, a desinformação e os mitos sobre a doença
O dia 1º de dezembro é marcado pelo Dia Mundial de Combate à Aids, uma campanha promovida a fim de combater o preconceito e os mitos sobre a doença, além de evitar a desinformação acerca das causas e métodos de prevenção. A Aids é uma patologia infecciosa, transmitida pelo vírus HIV, que percorre por uma série de fases: a infecção aguda, quando ocorre a incubação do vírus; a forte interação entre as células de defesa, período de pode durar anos e é conhecido pela fase assintomática; e a deterioração das células, pois partir dessa etapa, as células de defesa funcionam com menos eficiência, deixando o organismo cada vez mais fraco e vulnerável às infecções comuns.
Segundo o coordenador da Comissão de Controle de Infecção do Hospital São Lucas da PUCRS, Diego Falci, a cidade de Porto Alegre enfrenta uma situação distinta do restante do país, pois tem o maior número de infecções e de mortalidade pela infecção do vírus HIV. “É importante ficarmos mais atentos às infecções e observarmos os dados epidemiológicos em relação à Aids no Brasil”, destacou. Os sintomas mais comuns da doença são febre, mal-estar, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
Há anos, o tratamento após o diagnóstico da doença era realizado por meio do famoso “coquetel”, que era composto por uma média de 10 comprimidos que deveriam ser ingeridos pelo paciente infectado. Atualmente, o número de remédios está reduzido e a ingestão diária acontece com cerca de três comprimidos, tendo uma ação mais potente e com menos efeitos adversos. “Assim, reduzimos o número de remédios e estamos oferecendo medicamentos com melhor tolerabilidade para o paciente. O tratamento evoluiu bastante, consegue suprimir a replicação viral, e permite que o sistema imunológico do paciente se recupere, proporcionando uma vida normal e saudável”, pontua.
Como forma de prevenção para além do uso do preservativo nas relações sexuais, Falci destaca outros métodos que podem ser utilizados. “As pessoas com maior vulnerabilidade à infecção podem fazer uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), uma medicação preventiva que diminui em até 80% a chance de contágio pela Aids”, ressalta. O especialista ainda complementa que a patologia tem um longo período de latência clínica, que faz com que o paciente não sinta nada no início da doença. “Por isso é importante a testagem, o paciente precisa saber o seu estado sorológico e o resultado do seu exame”, finaliza.